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16 de dezembro de 2012

Idade dos professores

Nos tempos das vacas gordas baixámos tanto a idade de reforma que hoje, dados de 2010, apenas 2% dos professores portugueses têm mais de 60 anos.
Vários amigos e ex-colegas, pouco mais velhos do que eu, estão aposentados há vários anos com pensões completas na casa dos 2.800 euros.
Conheço alguns que têm quase tantos anos de aposentação como tiveram de trabalho.
O resultado está à vista. Dramaticamente.


10 comentários:

Ricardo Antunes disse...

Curiosamente, ou talvez não, a faixa dos 30-39 é a que mais gente tem, em todos os níveis, quase sempre com mais 10% que a média europeia e OCDE. Há outros países com indicadores semelhantes aos nossos. Em dois grupos: os que começaram a alargar a escolaridade mais tarde (Coreia, por exemplo) e os que têm estados sociais fortes (mas com estes indicadores, terão certamente problemas a breve treco (como a França ou o Luxemburgo).
Depois há os outros, nórdicos, com os quais muitos gostam de nos comparar. E lá, acima dos 50 anos, está praticamente metade dos professores...!

Isabel disse...

Por "tempos das vacas gordas" devemos ler os tempos o governo PSD- Cavaco ?
Eu que sou de letras vejo muitos países com valores inferiores aos nossos. Por isso, lá porque existem alguns escravos com mais anos ... problema deles.
Se já tens dificuldades em com esta idade como será aos 65?
Já agora exlica devagarinho.. como é a reforma nesses países.. Perdem 60% da reforma por sairem aos 55 anos com mais de 30 anos de serviço?....Eu falo por mim que ando cheia de artroses, não durmo sem o pramipexol, (que provoca sonolência e problemas outros...) se me querem a dar aulas até aos 65 eu dou mas garanto que pelo "caminho"hei de barafustar até ficar rouca!!! "não ficará pedra sobre pedra" por turma onde eu passe!

Pedro disse...

Continuo a pensar que a dupla benesse concedida ao longo de tantos anos aos colegas mais velhos (redução da componente lectiva e salários bem acima da média) se transformou numa espécie de presente envenenado. Ainda por cima tivemos uma fórmula de cálculo das reformas tão injusta e disparatada que deu no que deu: a urgência de se fazerem cortes nas reformas mais elevadas. É o chamado "mal necessário".
Quanto ao facto dos mais velhos estarem fartos da escola e se quererem ir embora, não me surpreende. Queriam ter mais 5 ou 10 anos em cima para terem tido direito ao que os seus colegas mais velhos tiveram: trabalharam 30 e poucos anos, levaram reformas de mais de 2000 euros e não levaram com os tempos difíceis da educação em cima...

Anónimo disse...

Eu trabalhei 36 anos e aposentei-me com 60,cumpri integralmente o que a lei propunha, mas naquela altura ainda me sentia com capacidades plenas para continuar mais alguns anos não há dúvida que houve muitos profs que se aposentaram com 50 ou 55 anos,eram uns jovens. Foi o que lei também propôs. No entanto devo dizer que se agora com esta super pesada estrutura escolar ainda estivesse ao serviço eu punha-me a andar arranjava outro emprego...podia ser estivador, e pronto!!Isto para dizer o quê? Que a organização escolar que se foi operando de ministério para ministério, desde há décadas foi de mal a pior - os alunos não se aturam,os pais ajudam pra isso, os profs estão no tempo da Inquisição,salvo raras excepções...LIVRA !!!

BlueShell disse...

"No entanto devo dizer que se agora com esta super pesada estrutura escolar ainda estivesse ao serviço eu punha-me a andar arranjava outro emprego...podia ser estivador, e pronto!!Isto para dizer o quê? Que a organização escolar que se foi operando de ministério para ministério, desde há décadas foi de mal a pior - os alunos não se aturam,os pais ajudam pra isso, os profs estão no tempo da Inquisição,salvo raras excepções...LIVRA !!!" Concordo. mais: hoje os professores têm a Internet- "papinha feita"; tem o "livro do professor", com "soluções"... no meu tempo nada disso havia. Uma aula era preparada com 5 ou 6 livros , dicionários à frente. Testes em stencil, retroprojetores cujas lãmpadas se fundiam a meio de aulas assistidas,... Aha...mas os alunos eram educados, estavam lá, nas aulas, ordeiramente e com vontade de aprender. Faziam-se pequenas peças de teatro (de minha autoria) com alunos dos cursos noturnos e não só, para os saraus, faziam-se apresentações musicais, houve até um grupo de cantares de professores e funcionários que eu dinamizei- Agnelo: não me deixes mentir: é verdade, ou não?
Num ano houve jogos no ginásio em que várias turmas participaram e eu estive lá, de microfone na mão, fazendo as perguntas. Ensaiei um grupo de alunos para apresentarem uma dança clássica- lembras-te da Sofia - nossa "prima ballerina"? Pois foi...estas e muitas outras atividades fiz com gosto alén das aulas que dava com genica e garra. A escola era a minha segunda casa, a minha vida estava ali e só ali fazia sentido.
Hoje...é tudo tão diferente.

BlueShell disse...

...Hoje não me revejo nessa escola...vazia de valores...vazia de tudo. Hoje , doente e cansada...sinto que não mais reconheço a escola que amei. desiludida e triste só vejo vaidade e hipocrisia, só vejo lisonja e "palmadinhas nas costas"! Nojo!!!

A minha única "arma" é a liberdade de expressão. Farei uso dela... a seu tempo e em lugar próprio...

Anónimo disse...

Idem, idem, aspas, aspas...quando comecei tambem era assim (e foi só há 15anos) e agora que futuro?...cada vez a ganhar menos e a trabalhar mais e com muito mais idade. E ter que voltar a saltar cada ano por uma escola e cidade diferente. Que carreira?? Que tipo de Ensino??! Tudo inútil. Tudo um nojo.
E como me recuso a estragar a minha vida por causa desta profissão se ter tornado numa merda, já faltou mais para dar o pira! Tudo é melhor que trabalhar para esta Educação e esta corja de políticos.

Bjs
Convidada

Anónimo disse...

Idem, idem, aspas, aspas...quando comecei tambem era assim (e foi só há 15anos) e agora que futuro?...cada vez a ganhar menos e a trabalhar mais e com muito mais idade. E ter que voltar a saltar cada ano por uma escola e cidade diferente. Que carreira?? Que tipo de Ensino??! Tudo inútil. Tudo um nojo.
E como me recuso a estragar a minha vida por causa desta profissão se ter tornado numa merda, já faltou mais para dar o pira! Tudo é melhor que trabalhar para esta Educação e esta corja de políticos.

Bjs
Convidada

Anónimo disse...

Só mesmo quem não põe os pés numa sala de aula há quase vinte anos pode dizer tanta baboseira.

Teresa Ribeiro disse...

O Nelito escreve como escreve porque, feliz e infelizmente, não é professor; é direktor!

Se tivesse de levar com a malta jovem, já não ladrava como ladra. Mas essa tarefa é para os básicos dos profes, que ele já está numa categoria superior: a dos baldes de esterco com que se estruma a camada dirigente nacional.