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31 de março de 2005

Cachorrinhos

São dois lindos rafeirinhos. Muito macios e simpáticos. Alguma alma os deixou à minha porta na presunção que os trataria bem. E tratarei.
Mas, se houver alguém que queira partilhar esta responsabilidade, faça o favor de apresentar currículo. É que contratos "no escuro" só existem para professores, e só no Ministério da Educação.

30 de março de 2005

Inglês no Básico (II)

Em resposta ao meu artigo anterior, veio o meu amigo Mocho dizer que "Além do mais é preciso formar professores. O recurso ao 2º ciclo será transitório certamente".
Acontece que eu nem sequer tinha pensado nesta hipótese. Parti do princípio que, estando todas as escolas primárias integradas em agrupamentos, a nova disciplina de Inglês, opcional, seria leccionada por professores de Inglês de cada agrupamento, naquilo que seria uma razoável gestão de recursos. Afinal não é nada assim. Eu sou um ingénuo! Afinal é preciso formar professores novos. Professores que estejam especialmente habilitados para ensinar Inglês aos alunos dos 3º e 4º anos. Professores especialistas ao nível do 1º Ciclo.
Ora, como se perceberá, rapidamente se seguirão professores especialistas em Matemática, em Português, em Ciências Sociais, etc. Vamos acabar com a monodocência no 1º Ciclo, o que acarretará a estanqueceidade das matérias, a atomização do conhecimento e o aumento da dificuldade em aprender.
Bem sei que é isto que querem as Federações dos Sindicatos. É que aumentarão, e muito, o universo dos seus potenciais associados. Só que, este é, exactamente, o caminho contrário ao que deveríamos trilhar.
O conhecimento é uno e apreende-se do global para o específico. Não se pode começar por aprender a célula para depois compreender o corpo humano. É ao contrário. Por isso, deveríamos manter a unidade do conhecimento até mais tarde. Isto é, no 2º Ciclo deveríamos diminuir o número de professores por turma. Apostar em professores generalistas, o que, para o nível dos conteúdos exigidos até ao 6º ano, é perfeitamente compatível com os professores que já temos no sistema.
Já não seria mau que os professores do 2º Ciclo leccionassem as Áreas Disciplinares para as quais estão habilitados. Se o professor de Matemática também ensinasse Ciências e o de Português também ensinasse História, como está previsto na Lei, já não seria muito mau. Infelizmente não acontece assim (pelo menos na maioria das nossas escolas) e, pior ainda, agora quer-se alargar esta perversidade ao 1º Ciclo.
Os resultados serão devastadores!

PS. A diminuição do número de turmas por professor, aumentando o número de horas que o professor leccionasse em cada turma, também traria evidentes benefícios para os próprios professores.

29 de março de 2005

Inglês no Básico

Era o que eu temia.
Bem alertei aqui.
ASNEIRA!
O Inglês no 1º Ciclo será uma disciplina:
1) Extracurricular;
2) Logo, não obrigatória;
3) Logo, não importante;
4) Logo, não determinante;
5) Donde, SEM AVALIAÇÃO CONSEQUENTE.

O que aqui vamos ter não é mais que uma actividade lúdica. É o aprender a brincar. O aprender sem esforçar. O facilitismo. Vamos ter uma espécie de Área-Escola "papagueada" em Inglês.
Uma medida de faz-de-conta. Uma media SOCIALISTA.
Ó meus amigos, se acham que o Inglês no 1º ciclo é importante, tratem-no como tal, como a Matemática, o Português e o Meio Físico. Assim não dá. Assim, o único impacto que esta "bandeira" terá, será o emprego de umas centenas de professores de Inglês do 2º Ciclo.
A Associação e os Sindicatos já estão a aplaudir. Nós continuamos a pagar.

26 de março de 2005

Política ou ódio?

Há, nestas Terras de Azurara, um jornal jovem que, ao que sei, terá nascido para dar voz à oposição político-partidária à maioria que vem governando o Município. Todavia, cedo resvalou para a baixa política: a meia-verdade, a mentira, a insinuação e o insulto gratuito, elegendo o Presidente da Câmara como alvo obsessivo dos seus impropérios.
No último número, em editorial, referindo-se, como sempre, ao Presidente da Câmara, escreve:
[...] Ao analisarmos, mesmo que seja à "flor da pele", estas tretas pataratas, lemos com total luminosidade, nas entrelinhas, o discurso da mentira, do cinismo, da contradição. E pensamos: será este homem um megalómano doentio? Sofrerá de algum trauma maníaco-depressivo? De esquizofrenia catatónica? Hebefrénica? Com períodos alternados de torpor e de excitação? Revelando carácter caprichoso, sentimentos e ideias insensatas? Com desenvolvimento insidioso de inadaptação social e excentricidade? Com mudanças de personalidade e pensamentos descoordenados gerando sentimentos e impulsos confusos? Com perturbação de pensamento e decorrente associação de ideias alteradas, com ocorrência de cenas absurdas ou/e estranhas? Com falsas convicções irredutíveis, fruto da desilusão????????
Não sabemos! Sabemos sim que este homem vive num estado disfuncional onde o real e o onírico confluem num delta inseparável, fazendo-o pairar nas nuvens e perder completamente o contacto com o verdadeiro pulsar do Concelho e com a inequívoca verdade dos factos, que falam por si, sem fogos-faralhos nem paródias de péssima qualidade e duvidosíssimo gosto.

Acontece que o Presidente da Câmara é pessoa calma, trabalhadora, amiga de todos (e não apenas "do seu amigo") e muito pacífica.
Eu também sou homem pacífico, mas, se fosse comigo, hesitaria entre a queixa-crime por difamação e o mais prosaico "amassar-lhe o frontespício".

24 de março de 2005

Negar o futuro

Uma das bandeiras recorrentemente agitadas pelos sindicatos de professores portugueses é a da autonomia e da descentralização. É vulgar ouvir sindicalistas justificarem a fraca prestação das escolas com o controlo omnipresente do Estado. De acordo com estes "especialistas", a escola, ou melhor ainda, a "comunidade educativa" deveria ser capaz de se autodeterminar e gozar o caminho a trilhar na busca de maior eficiência.
Todavia, cedo se percebeu que a conversa da "comunidade educativa" era uma treta. Se não ainda antes, logo em 1998 se desmascararam, quando conseguiram alterar a proposta do RAAG (da autoria de João Barroso) assegurando que o presidente da Assembleia de Escola teria de ser professor e que estes teriam de estar representados, pelo menos, em paridade. Ou seja, "roubaram" a Assembleia à comunidade, esvaziando-a. Isto é, restringiram a comunidade aos limites dos muros da escola, aos professores. Pior ainda: a comunidade só interessa na mdedida em que "sirva" a escola, em vez de, como deveria acontecer, a escola servir a comunidade.
De 98 para cá, assistimos em Portugal a um movimento absolutamente inédito - a expansão da rede de educação pré-escolar. Inédito na medida em que se efectuou ao arrepio da administração central. Foram as Câmaras municipais que construíram e adaptaram espaços e que decidiram onde abrir JI's. O Ministério limitou-se a assegurar o pagamento das Educadoras (que me desculpem os Educadores). Mesmo no que concerne à oferta de componentes não lectivas - almoço, ocupação de tempos livres e prolongamento dos horários de funcionamento - a iniciativa esteve sempre com as câmaras e, diga-se, com a oposição dos sindicatos. Tratou-se, contudo, de uma verdadeira descentralização: a deslocação do centro de decisão para a comunidade. E os resultados estão aí à vista de todos. Por todo o País, os JI's da rede pública oferecem horários entre as 8H00 e as 18H00, quando não ainda mais, mantêm-se em funcionamento durante as "interrupções" (Natal, Carnaval, Páscoa, e Junho/Julho), servem refeições e oferecem actividades diversificadas. A título de exemplo, aqui nestas Terras de Azurara, as crianças de 4 e 5 anos vão, todas, da cidade e das aldeias, à piscina. Claro que as Educadoras trabalham apenas 5 horas por dia. Durante o resto do tempo as crianças são enquadradas por pessoal auxiliar, pago pelas câmaras, as quais recebem pequenos subsídios do ME e comparticipações das famílias, de acordo com as respectivas capitações. Mas, apesar de tudo, o balanço é francamente positivo. Este deverá ser o nível de escolaridade (?) que mais terá progredido no sentido de prestar um serviço à comunidade. No fundo, estas escolas "são" da comunidade, como deveriam ser todas.

Agora leia-se esta reivindicação:
A Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) diz que a tutela dos estabelecimentos de ensino para a infância e pré-escolar deveria passar, de forma faseada, das autarquias para o Ministério da Educação.
E esta:
Na moção hoje aprovada nos plenários, os educadores defendem que um calendário escolar diferente é uma atitude discriminatória e desajustada num contexto de agrupamentos de escolas.Os educadores esperam agora que o novo Governo altere esta situação, disse Maria do Céu Silva, dirigente da Fenprof. Caso não o faça estão dispostos a avançar para formas de luta, acrescentou.

Sindicatos...

Ontem e Hoje

O ministro de Estado e das Finanças admitiu hoje que o défice orçamental seja actualmente superior a seis por cento do Produto Interno Bruto (PIB), sem receitas extraordinárias. Luís Campos e Cunha, que falava no debate do Programa do Governo, considerou de um «enorme irrealismo o Orçamento do Estado [de 2005] herdado do governo anterior»

Primeiro:
Estes senhores juraram que não se iriam desculpar com o passado nem brandir a espada da "herança".
Segundo:
Santana Lopes teria governado (se os media tivessem deixado) apenas 4 meses - os últimos de 2004. Apesar disso, foi acusado pela tralha socialista de ter aumentado o défice, ou, pelo menos, de o não ter conseguido reduzir.
Estes senhores vão governar (os jornalistas gostam deles) mais de 9 meses. Mais do dobro de PSL. Utilizando os mesmos argumentos de então, caso não endireitem a "coisa", a razão será apenas uma - inépcia.

Referendo do Aborto

Concorda que deixe de constituir crime o aborto realizado nas primeiras dez semanas de gravidez, com o consentimento da mulher, em estabelecimento legal de saúde?
NÃO.
Tirem-lhe o "lugar" e já serei a favor.
Aborto, cada um pague o seu!

23 de março de 2005

O Azurara errou

Aqui ficam as desculpas públicas ao tal Fazenda, bem como a todos os Stalinistas e Trotskistas ainda existentes.
Obrigado ao Micróbio pela atenta correcção.
Eu sei que é uma coisa meia besta mas, vá-se lá saber porquê, associo trotskismo a fisionomias mais "finas", menos volumosas, mais sofisticadas, até, sei lá, mais femininas. Era mais assim que os distinguia. Pelo discurso é absolutamente impossível. É sempre a mesma merda, tanto num caso como noutro. É por isso que cataloguei aquele corpanzil na categoria dos stalinistas.
Errei.
Aqui fica mais uma evidência de que as aparências iludem.

Freitas, o Imóvel

Ele não se mexeu. Lançou a âncora. Fundeou. O espectro político é que se deslocou (para a direita). E fê-lo de tal forma que o Amaral ficou tão à esquerda, tão à esquerda, que hoje, quem mais o defendeu foi aquele stalinista do Bloco, salvo erro o Fazenda.
Bem, Stalin e Hitler tiveram um pacto...

22 de março de 2005

Bom e mau no Programa do Governo - Educação

Ideias Boas:

Cultura de avaliação
Enraizar em todas as dimensões do sistema de educação e formação a cultura e a prática da avaliação e da prestação de contas. Avaliação do desempenho dos alunos e do currículo nacional, avaliação dos educadores e professores, avaliação segundo critérios de resultados, eficiência e equidade, das escolas;

Mais autonomia
O Governo considera desejável uma maior autonomia das escolas, que garanta a sua capacidade de gerir os recursos e o currículo nacional [...] O Governo estimulará a celebração de contratos de autonomia entre as escolas e a administração educativa;

Contratação de professores
Introdução de mecanismos, como a ordem das prioridades de destacamento e a recondução, que possam induzir, por si mesmos, menor mobilidade dos docentes [...] introduziremos medidas que permitam descentralizar gradualmente (para as escolas individualmente ou em agrupamento por áreas ou municípios) o sistema de recrutamento e colocação;

Ideias Beras:

Inglês
A generalização do ensino do Inglês desde o primeiro ciclo do ensino básico;
A ênfase deve ser posta no rigor, na valorização do trabalho individual, na diferenciação pedagógica e na compensação educativa, se necessário procedendo anualmente ao reagrupamento dos alunos. Estas medidas deverão ser implementadas logo desde o 1º ano (6 anos de idade). Na escola primária, toda a tónica deve ser colocada no Português. A introdução do Inglês provocará um efeito distractor.

Escolaridade obrigatória de 12 anos
Tornar obrigatória a frequência de ensino ou formação, até aos 18 anos de idade.
Em que ficamos, ensino ou formação? Se for ensino, é mandatório abrir cursos profissionais em todas as escolas secundárias, destinados a oferecer alternativas aos alunos que, até aos 15 anos, não efectuarem nenhuma aprendizagem significativa (são muitos mais do que se possa pensar). Caso estes alunos venham a ser obrigados a seguir os actuais cursos "gerais", acontecerá com o secundário aquilo que já aconteceu no básico: a uniformização da ignorância.

António Ribeiro Ferreira

Quem é este homem que escreve, referindo-se à "prestação" parlamentar de Sócrates na apresentação do programa, isso não se faz à esquerda?
Então Sócrates não é "de esquerda"? Espero bem que tenha razão.
Fica aqui o último parágrafo. Um espanto!
Depois do discurso de Sócrates, percebe-se agora que o ministro Freitas do Amaral é a flor velha, desbotada e de esquerda na lapela do Governo liberal de Portugal.

Sporting

Dominador!
Podia ter sido um "cabaz".

20 de março de 2005

Polícias assasinados (II)

Há uns anos, o então Ministro socialista da Administração Interna ficou célebre quando disse "esta polícia não é a minha polícia".
O actual, disse este momento não é o meu momento.
Também não foi o dos polícias.

Polícias assasinados (I)

Foram mais dois.
Há um mês, os sindicatos queriam coletes e viaturas blindadas. Hoje já começam a falar daquilo que na altura reclamei e até parodiei. Veja-se, aqui.

[a polícia] não pode levar ninguém para a esquadra sem um forte fundamento, não pode identificar ninguém sem um forte fundamento, não pode puxar da arma. O criminoso já percebeu há muito que a polícia é ineficaz no combate à criminalidade. O SPP/PSP exige a modificação das normas de actuação da polícia, uma iniciativa que tem que partir do poder político.

Esperemos que não tenham de morrer ainda mais polícias.

Como Cavaco Silva?

O primeiro-ministro segue modelo de governação de Cavaco Silva [...]

Bem, podem ser parecidos no modelo, na forma, mas naquilo que interessa, no conteúdo...
Que pretenciosismo saloio!

Bombardier

A Bombardier não está interessada em negociar a continuidade da sua permanência, enquanto enpresa fabril, em Portugal. Por isso, mandou desmantelar as instalações e retirar equipamentos. Como havia um piquete de trabalhadores de prevenção, a Bombardier pediu ao Governo português que protegesse o pessoal encarregado da desmontagem. O Governo acedeu e enviou para lá a polícia. Contudo, ao fim de pouco tempo, deu ordens à PSP para retirar. Agora, os trabalhores "desmontadores" continuam a desmontar, só que sem protecção.
Mal! Muito mal!
Um governo decente (logo de esquerda) não se deveria ter limitado a mandar retirar a Bófia. Deveria ter ordenado que os bófias dessem umas lambadas nos tais "desmontadores" e seus patrões, evitando a saída da fábrica dos equipamentos que lhe garantem a tão propalada viabilidade económica.

18 de março de 2005

Sexo em bloco

(na Visão de 17/3/2005, página 34)

Não sei o contexto, mas, em todo o caso, seria de acrescentar ...e não lavam os dentes.
(nunca se deve perder uma oportunidade de incentivar a higiene oral)

Desmentido

Tardou, mas chegou. Sócrates desmentiu a subida de impostos.
Registemos:
OS IMPOSTOS NÃO VÃO AUMENTAR! NENHUM!
Então e as SCUT's? Como é que se pagam? Portagens?

Pacheco Pereira

Veio dizer-nos que descobriu que, durante a sua campanha sistemática contra PSD e PSL, só foi abundantemente citado porque "o jornalismo é, em Portugal, uma das profissões mais politizadas que existem, dominantemente à esquerda do espectro político."
Agora queixa-se de não ser citado quando fala de PS e JS. Diz ele que "contra Santana Lopes era um «espírito livre»; contra o PS, sou um factótum partidário."
Pois, só que agora já é tarde!

Nem pensar

Na TV, há pouco, Tózé Seguro, que ficou famoso quando se tornou o “jovem mais velho de Portugal”, perguntava:
Acham que o Dr. Sampaio e o Dr. Constâncio têm vindo a intervir na vida política movidos por interesses partidários?
NNNÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOO!

Fidel, coitadito

Gastou a vida inteira a trabalhar que nem um moiro no seu afã de tornar todos os cubanos igualmente pobres. Ninguém, muito menos eu, lhe quer tirar o mérito do empenho total. Esforçou-se ao máximo. Todavia, não logrou alcançar o seu objectivo. Há pelo menos um cubano que não empobreceu. De acordo com a Forbes, Castro não conseguiu desfazer-se de uma fortuna avaliada em 500 milhões de dólares. Que frustração deve sentir o senhor.
Isto fez-me lembrar um outro líder socialista que, à custa de muito trabalho, conseguiu arrecadar uns "cobres". Arafat, se a memória não me trai.

17 de março de 2005

Freitas, o Leal

De acordo com o 24Horas, Freitas, em Bruxelas, disse aos jornalistas:

No final [da reunião], em "off", poderei dar-vos um pequeno comentário do que se passou hoje. Digo "em off" porque o Conselho de Ministros deste Governo decidiu, e a meu ver muito bem, que até expormos as linhas gerais de política externa do Governo no Parlamento (...) não devíamos fazer declarações sobre questões de política externa.

Quem trai uma vez, trai um cento!

Sporting

Hugo saíu aos 34 minutos. Ufa! Ganhámos!

16 de março de 2005

Embasbacado

É que diz o meu amigo Mocho sobre a sensação que tenho perante estes primeiros dias de governação socialista. Diz ele:"estás embasbacado!".
Digo-lhe eu que não estou. Aliás, nem poderia estar. Ainda não dei conta de que temos governo. Sei que foi empossado e que anunciou, logo no momento, a intenção de atribuir novas receitas aos hipermercados com os lucros dos medicamentos de venda livre.
De então para cá, não tenho dado conta da existência de governo. Não se vê nem se ouve. Nem sequer para desmentir o Governador do Banco de Portugal.

Desmentido. Aguarda-se.

Já está a tardar.
O desmentido da subida dos impostos sobre os automóveis e combustíveis.
Será que o governo está mesmo em "blackout"?

15 de março de 2005

Destilaria de Ódio

Um post como este, carregado de um ódio doentio, faz-me lembrar um jornalzinho que se publica aqui na minha terra. O ódio pessoal é o mesmo. Só a linguagem é que é mais torpe.

FCP

O Inter já marcou um golo. Não estava com a devida atenção, mas pareceu-me ver na defesa do Porto uma figura sinistra. Seria o fantasma do HUGO?

SCUT's - Paguemos!

Afinal as SCUT's não são "à borla". Custam dinheiro e temos de as pagar.
O senhor Governador do Banco de Portugal, o poderoso Victor Constâncio, já veio sugerir o aumento dos impostos sobre o automóvel (que já são os mais elevados da Europa) e dos combustíveis, para minorar a fatia do Orçamento de Estado a afectar a esta despesa.
Trata-se de uma medida marcadamente socialista: a solidariedade nacional e geracional. Em vez de pagar quem usufrui (como nas A1, A2, Axx, CREL, etc.) pagam todos os portugueses que utilizam automóveis. Lindo!
(eu sou dos que pagarão de qualquer forma - na portagem ou no carro e no gasóleo, ou em tudo. Mal, muito mal.)

14 de março de 2005

PSL e CML

Segundo o constitucionalista Jorge Miranda, o regresso de Santana Lopes à autarquia enquanto presidente é automático e não está dependente de nenhuma formalidade.
«Como ele assumiu o cargo de primeiro-ministro, que é incompatível com qualquer outro, a suspensão do mandato na Câmara é imediata, mas assim que cessou essas funções volta a ser automaticamente presidente (da autarquia)», afirmou à Lusa o professor de Direito Constitucional e presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Que é presidente da CML, já eu sabia. Reassumir o cargo é outra coisa. É que a campanha inédita de que foi alvo, e na qual acabou por "embarcar" com inusitada inépcia, transformou-o numa espécie de "peçonhento". Reassumir funções, neste contexto, levará os "media" a assestarem todas as baterias na sua pessoa e na sua acção, inviabilizando, absolutamente, o estritamente necessário processo de reabilitação.
No seu lugar, eu renunciaria.

13 de março de 2005

Elucidativo

Os referendos nunca serviram para coisa alguma a não ser para exprimir os sentimentos conservadores e imobilistas do povo profundo.
É o que diz um tal LN aqui.
Vivam as vanguardas esclarecidas que hão-de educar o povo!

Sporting

HUGO 2 - SPORTING 0

Três ataques, duas fífias, dois golos. Triste sina.

Sporting

Porque é que havemos de ter tipos como o Hugo e o Tello?

Poder Local

Neste artigo, João Tilly dá-nos conta da sua preocupação pela “invasão do paralelo” nas nossas pequenas aldeias. O Azurara subscreve. A substituição da tradicional “calçada à portuguesa” pela “calçada à fiada”, vulgo “paralelo”, é, efectivamente, um crime. Mas é difícil de combater. As câmaras, só com imensa dificuldade conseguem evitá-lo. E porquê?
A resposta radica no “poder local”, mais concretamente nas Juntas de Freguesia. Durante anos, as JF's lutaram pela satisfação das necessidades básicas das populações. Foi o tempo, sobretudo, das redes de água, esgotos e electricidade. Esses tempos passaram. Hoje, rara é a aldeia que não disponha daquelas infraestruturas, pese embora, nas mais das vezes, não exista a necessária ETAR, mas antes uma grande “fossa” séptica. Mas o "povo" está satisfeito. Tem saneamento. Além disso, existe sede da Junta, sede da Associação Cultural, da Banda, do Rancho Folclórico, etc.
Por outro lado, em Portugal ainda não percebemos que há investimentos fundamentais que não se materializam em “obras”. Só para exemplo, a organização de um serviço de refeições e aproveitamento educativo de tempos livres das crianças é mais reprodutiva do que a maior parte das obras de cimento e tijolo. Mas, compreender isto leva tempo.
Ora, esta situação cria um problema “bicudo” para as JF's. “O que é que vamos apresentar no final do mandato?”. “Temos que mostrar obra!”. “O que vamos fazer?”
Assim, muitas JF's passaram a “inventar” necessidades. A substituição das calçadas é uma delas. O alargamento de “becos” é outra, e por aí fora. Mas, para mim, a mais emblemática é aquela do calcetamento (com paralelos) dos adros, saibrados, das igrejas! Credo!
E, como já disse, as Câmaras têm muita dificuldade em contrariar estas “justas aspirações” das populações.

Correr com Sócrates

Parece que amanhã trinta e tal mil tipos se vão juntar para correr com Sócrates e Sampaio.
Se eu pudesse também corria com eles, mas ... estou longe.

12 de março de 2005

Jornalistas

Sócrates constituiu o seu governo sem qualquer notícia nos jornais. Nem um pelotãozinho (normalmente era um batalhão) em frente à sede, à casa ou ao hotel, de jornalistas “à coca” para verem quem entrava e saía. Nem uma especulaçãozinha sobre quem iria entrar e quem iria ficar de fora. As exclusões de Coelho, Gama, Vitorino e Seguro não mereceram mais que meia dúzia de linhas. Noutros tempos, os casos de Loureiro e Borges, só para exemplo, fizeram manchetes, tiveram honras de abertura na Tv e serviram especulações inauditas.

Sócrates desmentiu um ministro sobre a eventual subida de impostos. Os jornalistas aceitaram. Não disseram que era uma contradição. Não disseram que era uma “desautorização”. Não falaram de “políticas erráticas”. Noutros tempos, Santana e Bagão foram tratados como protagonistas de um folhetim inimaginável.

Sócrates corrigiu o ministro Freitas sobre a linha da futura política externa. Sossegou os USA. Afinal, Bush não é assim tão parecido com Hitler. Tudo bem. Pacífico. Os jornalistas não viram nesta contradição nenhum facto merecedor de interesse jornalístico. Noutros tempos...

Sócrates incluiu apenas duas mulheres no governo. Várias mulheres socialistas vieram a público criticar, por vezes de forma desbocada, aquilo que apelidaram de “machismo anacrónico”. Os jornalistas ... nada.

Por outro lado, das mulheres nomeadas pouco ou nada se sabe, a não ser que são amigas de Sócrates ou de um amigo de Sócrates. Tudo bem. É normal. Os jornalistas não viram nisto nenhum compadrio, nem sequer um critério político inconsistente. Nada. Noutros tempos...

Sócrates, na cerimónia de posse, não quis receber os cumprimentos do "povo". Nem sequer recebeu os próprios jornalistas. Nada de perguntas. Noutros tempos, esta atitude teria sido uma manifestação clara de uma arrogância inaceitável. Hoje, é uma demonstração de humildade e simpliciade.

Está visto: os jornalistas gostam de socialistas.
Que merda de cultura de esquerda.

Discurso da posse (2)

Sócrates anunciou que vai propor que o referendo sobre a Constituição Europeia coincida com as eleições autárquicas.
Ora aqui está uma coisa que me parece irrepreensível. Poupa-se dinheiro e consegue-se maior participação. Só que, além deste, há outro referendo prometido - o do aborto.
Porque não realizá-lo no mesmo dia? Que razões terão levado Sócrates a não propor uma data para este referendo? Não há por aí nenhum jornalista que lhe pergunte?

O discurso da posse

Anda por aí tudo eufórico com o discurso de Sócrates. Diz-se que deu um sinal claro que vai dar caça aos interesses das corporações. Claro que subscrevo. As corporações, não o parecendo, são ESTADO, e o que eu quero é menos Estado. É por isso que penso que Sócrates apenas deu um tiro de pólvora seca. A liberalização da venda de medidamentos não sujeitos a prescrição médica não é significativa. Como é óbvio, os farmacêuticos vão protestar. Sempre são uns "trocados"a menos. Mas a medida é tímida e apenas serve objectivos de marketing político.
Medida séria a anunciar teria sido o fim dos constrangimentos à abertura de novas farmácias. Isso sim.!

Deslocalizar?

Quarenta por cento das 200 empresas exportadoras de calçado inquiridas pela associação do sector admitem deslocalizar a sua produção, apontando como eventuais destinos a China e a Roménia, foi hoje anunciado.

Será que estes empresários exploradores não sabem o que se passa? Não lêem jornais? Nem rádio, nem TV? Não se deram conta que agora já não há em Portugal um "governo de direita"? Não saberão que agora temos um governo Socialista? Ignorarão que vai ser duramente reprimida qualquer tentativa de deslocalizar empresas?
Mas que tolos!
Ó meus senhores, o tempo do regabofe santanista já acabou.

O que é NACIONAL é bom!

Ainda bem que tenho as quotas em dia!

11 de março de 2005

Sócrates

Não rejeita hipótese de aumentar os impostos.
Cumprir as promessas eleitorais (300€/mês para os que estão no limiar da pobreza, 1.000 licenciados em empresas, 150.000 novos empregos...), obriga a aumentar o custo da já enorme máquina do Estado. É preciso mais dinheiro. Onde se vai buscá-lo? Fácil: aumenta-se os impostos dos que pagam impostos.
Assim, até o meu cão podia ser primeiro-ministro.

A verdade é como o azeite...

... vem sempre ao de cima.
É o que acontece com aqueles que se indignaram com as críticas lançadas sobre o "vira-casacas" Amaral. O BE já "caiu na real". Vai aprovar estatutos disciplinares. Diz o Dr. Anacleto que um dos ilícitos será a situação em que um membro do BE seja candidato a eleições por outro partido. Neste caso, a sanção poderá ser a expulsão. Já o velho democrata Rosas diz «O que não iremos aceitar é a expulsão por razões ideológicas ou de natureza política».
Está tudo aqui.
Então, se um tipo concorrer por outro partido por sadia discordância político/ideológica, aplica-se a versão Rosas ou a Anacleto?

Machismo anacrónico

Por só haver duas mulheres no Governo Sócrates, escreveu a famosa eurodeputada Ana Gomes:
É uma ofensa para as mulheres portuguesas. E sobretudo para as numerosas mulheres capazes e experientes, que, por todo o país, o PS conta como valiosos quadros e como apoiantes em todos os sectores profissionais, sociais, académicos e autárquicos". Enfim, uma vergonha para Portugal e para o PS!
Que governação PS iremos afinal ter? Novas fronteiras ou velhas amarras?

Hum. Quotas por género ou quotas por sexo? Hummm. Hummm.

Secretário de Estado da Educação

É Valter Lemos.
Em 1997(*), criticando a situação, este senhor dizia que as escolas mantêm-se como meras extensões da administração e a esta prestam contas pelas vias burocráticas e hierárquicas tradicionais.
Quer isto dizer que temos um Secretário de Estado que não quer as escolas como meras extensões da administração. O que aqui temos é um defensor da autonomização (e da responsabilização) das escolas.
Muito bem!
Vamos ver se a entrada para o governo não o estraga.

(*) Lemos, V. (1997). A Gestão Escolar. In Cunha, P.. Educação em Debate. Lisboa: Universidade Católica Portuguesa, pp. 259-273

10 de março de 2005

Presidente na escola

O Presidente da República, Jorge Sampaio, quer uma aposta no ensino básico como a prioridade do país, para que todos os portugueses sejam qualificados e não apenas as elites.
Eu também!
O Presidente da República recordou ainda aos alunos daquela escola que «é preciso estudar».
Muito bem Senhor Presidente. Valorizar o trabalho, o empenho, as aprendizagens, os resultados. Apoiado!
Sampaio chamou também a atenção para a situação dos professores primários, afirmando que estes devem ter carreiras «com estabilidade como corpo docente nas escolas».
Muitissimo bem. Bravo. Viva!
Senhor Presidente, não se fique por aqui. Avance. O senhor, que agora passou a controlar a acção do(s) governo(s), dê orientações ao Primeiro-Ministro. Diga-lhe que acabe com esta palermice dos concursos de professores. Diga-lhe que permita que as escolas contratem os seus professores. Resolvemos logo o problema da estabilidade dos professores, das escolas e, sobretudo, dos alunos. E repare que o acréscimo de autonomia das escolas é uma bandeira da esquerda.

8 de março de 2005

Maus alunos

Lá (no Iraque) como cá, das duas, uma: ou a culpa é dos alunos ou do professor. O que é certo é que ainda não se vêem resultados das aulas de democracia que o presidente da Internacional Socialista foi dar aos iraquianos.
Ao todo, foram mortas 27 pessoas, incluindo seis soldados iraquianos num checkpoint em Baquba, a nordeste da capital iraquiana, num ataque reivindicado pelo grupo do jordano Abu Mussab al-Zarqawi.

Uma curiosidade:
Os "media" referem-se a estes tipos como "os suicidas", "os rebeldes", "a resistência", "grupo ...". Nunca dizem, simplesmente, os TERRORISTAS. Esta cultura de esquerda é uma merda.

7 de março de 2005

A foto de Freitas

Anda aí muita gente a criticar a ideia do CDS enviar a foto de Freitas do Amaral para o PS. Até lhe ouvi chamar "garotice". Ora bem, vamos com calma. Diz-se por aí que a história não se reescreve e que, por isso, não se pode "apagar" o facto de Freitas ter sido fundador do CDS. É verdade. A história é imutável! Mas vejamos: quando, por exemplo, se mudou o nome da ponte (Salazar) ou quando daquela bronca, aqui bem perto, em Santa Comba Dão, com a estátua (de Salazar) em frente ao Tribunal, o que se pretendia fazer? Não era "apagar" aquele período da nossa história?
Ora, salvaguardadas as devidas distâncias, parece-me que manter a fotografia do senhor numa parede da sede do CDS seria muito parecido com manter a fotografia de Salazar numa qualquer repartição pública. Freitas foi muito mau para o CDS (embora o tenha fundado), e Salazar foi muito mau para Portugal (embora o tenha refundado).
Coisa diferente é o destino a dar à foto. Percebe-se a ideia de a enviar para o Rato. Freitas está num governo do PS. Percebe-se. Mas está mal. No governo do PS está, por exemplo, um ministro da defesa que apoiou a intervenção internacional no Iraque. Freitas, pelo contrário, manifestou-se na avenida de braço dado com Louçã, contra o "Hitler" de hoje, George Bush.
Por isso, a foto de Freitas ficaria muito melhor na sede do BE.

OpenOffice

O Azurara deixou de ser devedor do senhor Bill Gates. Manteve o XP (legal), mas aderiu ao OpenOffice.

6 de março de 2005

Ainda o governo

Tenho ouvido e lido muita gente falar das "ausências" de alguns "pesos pesados" no governo. Por mim, não tenho saudades de nenhum dos falados. Deixai-os ficar de fora. Prefiro, por isso, falar dos que lá estão. Ora, de acordo com o Expresso (edição em papel):
O Ministro das Finanças, Campos Cunha, tem "ideias radicais" que pode agora pôr em prática, como o fim do sigilo fiscal, a publicitação dos rendimentos dos contribuintes e o sistema de remuneração dos políticos (50% mais que a média do salário dos três anos).
O ministro da Saúde, Correia de Campos, "tem currículo, competência e prestígio no meio, sendo visto com reservas pelos médicos e pela poderosa Associação das Farmácias", e vai herdar o gabinete de Filipe Pereira, que pôs em andamento "algumas das reformas de que gostaria de ter sido autor".
Isto não são más notícias. Vamos ver se não se deixam contaminar por aqueles vírus da indecisão que costumam afectar os socialistas.
Entretanto, o Anacleto Louçã rejubila. É mais um governo de direita para combater e, assim, fazer crescer o Bloco. É que, bem vistas as coisas, na ponta esquerda ficam mesmo só Vieira da Silva e Freitas do Amaral.

5 de março de 2005

Ministro da Educação

Mariano Gago é ministro do Ensino Superior (e da Ciência e Tecnologia).
Não foram estes senhores socialistas que disseram que a tutela do ensino superior por um ministro, que não o da educação, introduzia fragilidades no sistema porque não permitia uma visão integral do sistema educativo? Tenho a ideia de que foram mesmo estes.

Ministra da Educação

Não conheço a senhora. Nunca ouvia falar dela.
Mas, socióloga? Ainda para mais, doutorada em Sociologia? Não prevejo nada de bom.
Cada vez dou mais razão àquele que dizia que um sociólogo não é mais que um "antropólogo urbano".

4 de março de 2005

Começou a tremedeira

Parece que Sócrates (Eng.) não está a seguir as orientações do patriarca Soares.
Com o anúncio da composição do futuro governo, aparecem os primeiros sinais de contestação. PCP e BE patearam.
Não é um bom sinal que do elenco governamental anunciado façam parte pessoas conhecidas pelas suas posições neoliberais ou comprometidas com governos anteriores, afirmou o PCP.
Para o BE, a escolha de Campos e Cunha para a pasta das Finanças e de Manuel Pinho para a pasta da Economia representa "falta de ousadia". "Escolher personalidades de centro é uma grande falta de ousadia e coragem para uma verdadeira mudança na política".

Nem uns nem outros se referiram à inclusão de Freitas. Pudera! É a extrema esquerda do governo!

Saldar contas

Diogo Freitas do Amaral é Ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros.
Está pago o frete!

Alucinado

Àcerca da revisão (revogação) do Código do Trabalho, e com aquela voz grave e sofrida de quem parece acreditar mesmo no que diz, proferiu Francisco Louçã a um jornalista:
É tempo de reparar todas as malfeitorias feitas por um governo que tratava Portugal como uma coutada.
Este homem crê que quem não pensa como ele, necessariamente quer fazer mal aos portugueses. Quem não pensa como ele, age com maldade. Quem não pensa como ele, é mau!
Acho que este homem está doente e precisa de ser tratado, mas não faço ideia da terapêutica adequada. Em compensação, sei bem qual foi o tratamento que outros parecidos com ele deram àqueles que não pensavam da mesma forma.

Incapacidade ou indiferença?

O assassínio da freira norte-americana Dorothy Stang demonstrou que a maior floresta do mundo é um lugar tão rico quanto perigoso. Os conflitos entre madeireiros, índios, garimpeiros, ambientalistas, fazendeiros, sem-terra e especuladores fazem vítimas a um ritmo quase diário, perante a incapacidade ou a indiferença do Governo brasileiro.
(Visão N.º 626 de 3 de Março de 2005)


Um governo socialista incapaz de travar a violência?
Um governo socialista indiferente ao sofrimento dos oprimidos?
E ninguém se demite?
A morte da freira, e de muitos inocentes, não é da responsabilidade do governo? Como assim?
Cá em Portugal, desde concursos de professores a quedas de pontas, incêndios, seca e falta de água, morte de um polícia, eu sei lá, tudo é da responsabilidade do Governo Logo aparecem ministros a responsabilizarem-se e a demitirem-se.
Parece que no Brasil não é assim,

Más notícias para o futebol

Embora jogando melhor, o Beira-Mar não ganhou.

3 de março de 2005

Boas notícias para a Saúde

O Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos Hospitais da Universidade de Coimbra:

  • Tem 120 funcionários;
  • Realizou, em 2004, um total de 1.634 intervenções cirúrgicas;
  • Na sua especialidade, é o maior da Península Ibérica;
  • Tem uma taxa de sucesso invejável;
  • Não tem doentes em lista de espera;
  • Teve um “lucro” de 801.000 € no ano em causa.

Isto parece ficção, pelo menos em Portugal, mas é verdade.
Como é possível um tal milagre? Têm equipamentos fabulosos que mais nenhum hospital possui? Não. Têm pessoal com um nível de qualificação ímpar? Não. Mas então o que é que tem que o distingue dos outros?
Uma coisa simples: GESTÃO PRIVADA.
É assim:

Caro Dr. Manuel Antunes, tem aqui um orçamento. Defina as regras que se mostrem adequadas, contrate quem entenda, não lhes pague menos do que está definido, e ponha-os a trabalhar. Se não esgotar o orçamento, aplique o resto como entenda.
O resultado está à vista!

(Conheço um rapaz - médico - que lá trabalhou e desistiu. Não aguentou a pressão)

Pensava eu que...

sócrates era nome de filósofo da Grécia clássica.
Afinal é nome de agência de viagens.

2 de março de 2005

Outra Florida?

Parece que os votos dos emigrantes estão a dar um trabalho inusitado aos escrutinadores. Haverá umas broncas com umas fotocópias de cartões de eleitor dentro de envelopes coloridos. Discute-se se são votos válidos ou nulos. Conta-se e reconta-se.
Não vale a pena tanto trabalho.
Basta ligar para o Estado da Florida e perguntar. Mirando o boletim, eles conseguem interpretar o verdadeiro sentido de voto do eleitor.
Não inventem. Chamem especialistas.

Quanto nos custam os partidos?

Eu não sabia, mas lá está, no Público.
Cada partido com representação parlamentar, ou com mais de 50.000 votos expressos, recebe anualmente 2,775€ por cada voto obtido.
É só fazer as contas:

Partido ---- Votos------- Massa
PS ----> 2.573.000 --> 7,14 milhões de €
PSD --> 1.639.000 --> 4,50 milhões de €
PCP ----> 432.000 --> 1,19 milhões de €
CDS ----> 414.000 --> 1,14 milhões de €
BE -----> 364.000 --> 1,00 milhões de €

Ou seja, 3 milhões de contos anuais só para despesas de funcionamento.
A isto juntam-se os subsídios para campanhas eleitorais, quando as há.
E, obviamente, os vencimentos dos deputados.
São muitos milhões. Porra!

(isto não entra com os custos dos partidos e dos deputados às Assembleias Regionais)

Mau. Muito mau.

António Vitorino, ouvi agora a notícia, não será ministro. Terá aceite um lugar numa empresa de advogados.
Muito mau sinal!
O homem que concebeu o programa do PS não o vai executar?
Mau. Muito mau sinal!